Mario Novello

Mario Novello (Rio de Janeiro, 1942) é um cosmólogo brasileiro. Formulou a Teoria do Universo Eterno, sem início e sem fim, que contraria a tese da grande explosão (Big Bang) como o marco zero do Universo.

Mestre em Física pelo Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (1968) (sob orientação de José Leite Lopes) e doutor em física pelo Instituto de Física Teórica da Universidade de Genebra (sob orientação de Josef-Maria Jauch), é pesquisador do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), onde coordena o Instituto de Cosmologia, Relatividade e Astrofísica (ICRA). Também realizou pesquisas de pós-doutorado no Departamento de Astrofísica da Universidade de Oxford.

Criou em 1976 o grupo de Cosmologia e Gravitação, no âmbito do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), inaugurando o estudo sistemátco da cosmologia no Brasil. Desde 1982 dirige a Escola Brasileira de Cosmologia e Gravitação do CBPF. Em 2003 criou o Instituto de Cosmologia Relatividade e Astrofisica (ICRA) do CBPF.

Novello notabilizou-se por propor, no final da década de 1970, uma explicação alternativa à teoria do Big Bang, que se tornara hegemônica no meio científico e segundo a qual o Universo surgiu num certo momento, há cerca de 14 bilhões de anos, numa explosão gigantesca. Novello atribui o sucesso da teoria do Big Bang ao fato de confirmar ou, pelo menos, não contrariar as explicações religiosas de que o Universo foi criado por Deus. Segundo o físico, "esse modo de descrever a criação, os momentos iniciais do Universo, tem seu análogo em diversas religiões que identificam em suas cosmogonias o tempo mítico/mágico no qual os deuses se debruçaram para além de suas atividades usuais a fim de empreender a criação do mundo". Em 1979, Novello elaborou o primeiro modelo cosmológico com solução analítica que inclui o ''bouncing'' (ricochete). Nesse modelo, o Universo possui uma fase anterior de colapso, na qual o volume total do espaço diminuiu com o tempo, atingindo um valor mínimo e, depois, passando a se expandir. A explicação formulada parte do pressuposto de que o Universo é eterno e único, não tendo sido ''criado''. "A ciência não tem como provar que o Universo começou com uma explosão, simplesmente porque não é possível medir quantidades físicas de valor infinito. Até Einstein se posicionou contra o modelo da explosão. Vale lembrar que Einstein também se posicionou contra a Mecânica quântica e o Princípio da incerteza, quando da sua fundação por Niels Bohr e Werner Heisenberg, afirmando que esta não fosse uma teoria Completa, e disputou contra esta teoria e a Interpretação de Copenhague, no entanto, Einstein estava errado em ambos os casos. Mas nem ele foi capaz de impedir que os cientistas teimassem que o único universo viável era o do Big Bang. Defendo a teoria de que existiu uma fase anterior do Universo, caracterizada pelo colapso, até perto do momento de condensação máxima — quando teria tido um volume extremamente pequeno. Depois, começou uma fase de expansão, que é a que vivemos. Essa teoria, chamada de universo eterno dinâmico [...], permite imaginar que o Universo tenha atravessado vários momentos de retração e expansão." A teoria de Novello é apresentada em artigo publicado em 2008 na revista ''Physics Reports'' tendo sido apresentada por Novello em seus livros ''Cosmos e Contexto'' (1989), ''O que é Cosmologia?'' (2006) e ''Do Big Bang ao universo eterno'' (2010), entre outros. Fornecido pela Wikipedia
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